9 de dez. de 2013

POEMA REDIMIDO

A aventura inesgotável e impotente,
Era o cansaço de um sono diuturno,
E o conflito nos meus olhos já doentes,
Trazia os nomes dessas noites que eu não durmo.
O ontem era estátua de matéria tão diversa,
Contando estórias com conotações perversas.

A silhueta de um horror estilizado,
Curvada ao peso de um sonho envilecido,
Eu sei, o tempo não alivia nenhum fardo,
E os sorrisos eram medo e ganidos.
E o esquife à minha espreita, já lá fora,
Era a ironia da vontade que devora.

Mas eu descubro um dia em meio à miragem,
A cruz vazia e um Homem sem pecado,
A dor que sinto, a morte, o medo, são imagens,
Todas desfeitas pelo Deus ressuscitado.
Eu tive o ontem, não serviu. Agora eu vivo,
A render ao graças ao Senhor que livre eu sirvo.

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